sexta-feira, novembro 10, 2006

Reencontro...

No feriadão de novembro aconteceu um encontro que não acontecia há uns 8 anos. Quando eu tinha dois anos, meus pais se mudaram para um dos bairros mais populosos de Salvador: Brotas. Moramos na famosa rua Miguel Gustavo, no não menos famoso edifício Acará. Eu no 501; Vítor no 202 e Bruno (Papel) no 901. Raffaelli, que até entrar na UFPB morava em Juazeiro, passava os verões em casa.
É fato que, na época do Acará, Raffa era mais o meu elo de ligação com o pessoal do prédio do que o contrário. Nos verões eu me aproximava da galera por causa dele: eu não era o pré-adolescente mais sociável que já existiu...
A bem da verdade, a amizade de nós quatro evoluiu quando Papel se mudou para a Pituba e um ou dois anos depois (1996) eu me mudei para a mesma rua. Eu havia acabado de voltar de um intercâmbio de 6 meses nos EUA, que por sinal (como Vitão faz questão de lembrar sempre) foi um ponto de inflexão no meu estilo de vida, comportamento, relacionamentos, etc, etc, etc. Os verões se transferiram para a Pituba, mas os babas permaneceram no Acará. A amizade dos quatro se fortaleceu.

Alguns momentos:
São João de 1997 (meu penúltimo São João baiano!!), viagem para Amargosa com Papel.
Revellon de 97/98, os quatro viajamos - com mais uma batera - para a Ilha de Itaparica, para uma temporada na casa de Papel... Muitas, muitas resenhas, risadas e apelidos.
Verão de 1998, um marco. Algo em torno de uma semana em Guarajuba gerou ainda mais resenhas, apelidos e risadas que sempre vêm à tona; só faltou Papel.
Em 2000, com Raffa já em João Pessoa e eu em Campinas, fui com Papel subindo o Nordeste de buzu: Porto de Galinhas, Recife, Pipa, Natal e pra finalizar, voltando, uma semana na casa de Raffa na Paraíba... Já não bolávamos mais tantos apelidos, mas as risadas e as resenhas continuaram...

Finalmente, chegamos ao feriadão do início do mês! Raffa veio para Salvador e os casados (i.e., todos menos eu) deram um jeito com suas respectivas para podermos conversar. Foi difícil conciliar, ainda mais porque Papel estava de partida para o Rio de Janeiro, onde ficará pelos próximos 6 meses (pelo menos... hehehehe). Na Sexta, fui com Papel e Raffa saindo de Salvador direto para Praia do Forte, encontrar Vitão. Social com a namorada de Vítor e uma galerinha conhecida dela e lá pra meia-noite fomos para um botecão no meio da "Avenida" de PF. Foi praticamente uma berlinda: cada hora um dos quatro era o alvo da conversa, das perguntas, praticamente uma inquisição. Até que o boteco foi ficando vazio... Decidimos ir conversar na praia; peguei o violão, compramos uma garrafa de Licor de Gengibre artesanal no bar de Seu Antônio e fomos pra praça da igreja. Sentamos nos bancos, e tome-lhe resenha, lembranças, risadas, choros, etc.
Quando o sol começou a despontar, praia... Na volta, mingau de Bibi, vitamina de banana, pão na chapa e um telefonema da noiva de Vítor: "8 horas... TENHA PACIÊNCIA!".

O papo rendeu e muito. Falamos sobre investimentos, casamentos, passado, futuro e presente, agonias, expectativas e anseios, pessoas e lugares; falamos um do outro, falamos todos de um... Talvez até tenhamos falado de você que está lendo esse post.

Foi com certeza um encontro pra ficar na memória. O que ficou de mais importante foi a certeza que essa amizade irá durar por muito, muito, muito tempo.

Agora é combinar o próximo reencontro (África do Sul, 2010!!! Aí vamos nós!)....

Fotos em breve...