Laptops de U$100
Está para ser aprovado um projeto que tem tudo para ser revolucionário. Lula recebeu na última Sexta-feira representantes da OLPC: One Laptop per Child, e confirmou o interesse do Brasil em se tornar o país pioneiro no projeto, montando computadores portáteis que devem ser utilizados em projetos educacionais já em 2007.
A OLPC nasceu nos corredores do MIT-Media Lab, um dos maiores centros tecnológicos do mundo, de onde vieram publicações antológicas de Seymour Papert e Marvin Minsky, dentre outros. O projeto trata-se de uma iniciativa para a inclusão digital a baixo custo e prevê a distribuição de laptops, com um preço de custo na casa dos U$100 (!), entre crianças de escolas secundárias, custeada, é claro, pelo governo federal.
A tecnologia dos computadores exigiu que os pesquisadores do Media Lab repensassem os laptops. Não se trata de uma versão mais barata dos notebooks comerciais, mas de um novo conceito em termos de hardware, que inclui uma tela com dois modos de operação, colorido e preto-e-branco, de baixo consumo, e até uma fonte de energia mecânica para a máquina. Outra característica interessante dos laptops é a sua conectividade. Os computadores serão interligados através de uma rede mesh, onde cada máquinha é um receptor e transmissor de dados (funcionando, inclusive, com o micro desligado) pelo modo ad hoc. Cada computador funciona como um nó da rede sem fios, extendendo o alcance de transmissão de dados para um raio em volta de si. Dessa forma, os computadores não precisam se comunicar diretamente com um terminal central, com o qual todos se comunicariam, mas basta que apenas um computador esteja no raio de alcance deste nó principal para que outras máquinas ao seu redor tenham acesso à transmissão e recepção de dados.
A tecnologia desenvolvida pelo MIT, associada a softwares livres e uma produção em larga escala (da ordem de 5 milhões de máquinas), permitem a estimação de custo em U$100 por unidade.
O maior problema deste tipo de iniciativa no Brasil é uma história que todos nós já ouvimos. Como garantir que, implantado e difundido o projeto, os laptops enviados para a escola municipal de Santo Inácio do Ribeirão Vermelho, no interior do Pernambuco, cheguem às casas dos alunos e não ao quarto do filho do Cel. Gedimar, prefeito da cidade? Este tipo de pensamento não pode barrar projetos como esse, mas deve-se tomar muito cuidado para que uma iniciativa de inclusão social dessa proporção não se torne apenas mais uma propagando eleitoral. Ainda mais quando, segundo um burburinho na rádio pião, o projeto já começa com uma leve oposição do MEC, que estaria apresentando uma preferência ao laptop da Microsoft, com um custo 5 vezes maior...
A OLPC nasceu nos corredores do MIT-Media Lab, um dos maiores centros tecnológicos do mundo, de onde vieram publicações antológicas de Seymour Papert e Marvin Minsky, dentre outros. O projeto trata-se de uma iniciativa para a inclusão digital a baixo custo e prevê a distribuição de laptops, com um preço de custo na casa dos U$100 (!), entre crianças de escolas secundárias, custeada, é claro, pelo governo federal.
A tecnologia dos computadores exigiu que os pesquisadores do Media Lab repensassem os laptops. Não se trata de uma versão mais barata dos notebooks comerciais, mas de um novo conceito em termos de hardware, que inclui uma tela com dois modos de operação, colorido e preto-e-branco, de baixo consumo, e até uma fonte de energia mecânica para a máquina. Outra característica interessante dos laptops é a sua conectividade. Os computadores serão interligados através de uma rede mesh, onde cada máquinha é um receptor e transmissor de dados (funcionando, inclusive, com o micro desligado) pelo modo ad hoc. Cada computador funciona como um nó da rede sem fios, extendendo o alcance de transmissão de dados para um raio em volta de si. Dessa forma, os computadores não precisam se comunicar diretamente com um terminal central, com o qual todos se comunicariam, mas basta que apenas um computador esteja no raio de alcance deste nó principal para que outras máquinas ao seu redor tenham acesso à transmissão e recepção de dados.
A tecnologia desenvolvida pelo MIT, associada a softwares livres e uma produção em larga escala (da ordem de 5 milhões de máquinas), permitem a estimação de custo em U$100 por unidade.
O maior problema deste tipo de iniciativa no Brasil é uma história que todos nós já ouvimos. Como garantir que, implantado e difundido o projeto, os laptops enviados para a escola municipal de Santo Inácio do Ribeirão Vermelho, no interior do Pernambuco, cheguem às casas dos alunos e não ao quarto do filho do Cel. Gedimar, prefeito da cidade? Este tipo de pensamento não pode barrar projetos como esse, mas deve-se tomar muito cuidado para que uma iniciativa de inclusão social dessa proporção não se torne apenas mais uma propagando eleitoral. Ainda mais quando, segundo um burburinho na rádio pião, o projeto já começa com uma leve oposição do MEC, que estaria apresentando uma preferência ao laptop da Microsoft, com um custo 5 vezes maior...
2 Comments:
Rapaz, aquele texto tem tantas mensagens subliminares que meu D-us do céu...E tu acertando no ponto...hehhee
Porra B4, saudade de ti
obrigada :)
já tinha ouvido falar desse laptop. acho muito legal essa história de eles se conectarem entre si e assim aumentarem a conectividade.
mas infelizmente esse tipo de projeto revolucionário e bem intencionado costuma desandar na mão de políticos, principalmente quando há outros interesses financeiros envolvidos.
beijos
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