Gato e Rato II
http://www.youtube.com/watch?v=eBl_W3XYuMQ
Segundo minhas fontes (pessoal das comunidades da Bienal no Orkut), a obra é de Adel Abdessemed.
gal e osba
sexta-feira, concha acústica do teatro castro alves, gal costa e a osba (orquestra sinfônica da bahia). primeiro, apenas gal e um violão (aliás, acompanhando a baiana à altura), me surpreenderam com um repertório fantástico. depois, a osba entrou e tentou vencer a falta de educação do público (lamentavelmente barulhento) num concerto popular que contou com um medley dos beatles... pra fechar, gal e a osba juntos... o bis foi a repetição da música de caetano:
baby
baby
há quanto tempo
que segue, para meu desespero:
não sei
comigo vai tudo azul
contigo vai tudo em paz
vivemos na melhor cidade
da américa do sul
da américa do sul
uma série de encontros inesperados marcou o show: fui com hernan e flávia, gaúcho e carioca, colegas petroleiros; ia me encontrar com vivian, mas primeiro quem apareceu foi minha prima laura com marcelo. uma ótima surpresa para mim... mais uma chance de ficar perto de minha prima que em breve partirá para londres; claro que quando gal começou a cantar london, london, foi só pra sacanear com a gente...
comprando uma cerveja, ainda encontrei minha tia que me indicou onde ela, minha mãe e outra tia estavam (!). a comunicação com minha mãe foi visual, através da luz do celular... que cena!
no mais, o show foi um balde de água fria em minha cabeça: uma demonstração de um lado de salvador que eu nunca conheci direito... conversas com vivian já estavam me sinalizando isso, mas presenciar o espetáculo foi o meu ingresso para a vida Cultural de salvador. com C maiúsculo. eu vi que na verdade não é salvador que não tem opções culturais decentes, como eu sempre pensei; eu é que nunca enxerguei mesmo... ainda bem que eu estava enganado.
mais um ponto para salvador na disputa...
depois de uma espera de alguns anos (basicamente, desde que eu comecei a ouvir música), eu finalmente tive a chance de assistir um show de um dos maiores compositores brasileiros. como eu já esperava e ansiava, o show de chico buarque foi emocionante.
eu estava parecendo um muleque que vai pro primeiro dia de aula, nervoso e cheio de expectativa. enfim começa o show! aplausos para a silhueta do grande compositor que surge projetada numa tela quando ele começa com um sambinha:
"voltei a cantar / porque senti saudade..."
quando a tela sobe, aplausos ainda mais eufóricos, e então uma hora e meia de emoções das mais variadas. o cenário passa a ter vida, apesar de sua simplicidade. numa brilhante jogada de luz, o platéia se encontra hora sob um pôr do sol, ora sob o luar carioca. fantástico!
o sol ensolarará a estrada dela...
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o primeiro da noite:
"eu não sabia explicar nós dois
ela mais eu, por que eu e ela
não conhecia poemas
nem muitas palavras belas
mas ela foi me levando pela mão
íamos tontos os dois assim ao léu
ríamos, chorávamos sem razão
hoje, lembrando-me dela
me vendo nos olhos ela
sei que o que tinha de ser se deu
porque era ela
porque era eu"
a platéia aplaude com vigor; eu olho para o lado e meus pais se abraçam...
próximo momento: uma pequena sequência da estonteante parceria com edu lobo. uma das minhas músicas preferidas - imortalizada na voz de zizi possi - e infelizmente de pouca repercussão: "a história de lili braun"; foi a melhor surpresa da noite. na sequência, "a bela e a fera", com seus versos marcantes como:
"no bucho do analfabeto
letras de macarrão
letras de macarrão
fazem poema concreto"
próximo: a lua brilha cheia atrás de chico, que com o violão em punho toca e canta "eu te amo".
e mais: "futuros amantes" cantada em coro, "bye-bye brasil" sob um sol escaldantemente amarelo, "ode aos ratos" e seu ritmo frenético, e finalmente, "joão e maria" com uma platéia alucinada.
valeu, chico. a espera foi digna. espero que seja o primeiro de mais alguns; portanto... até breve!